Jesus é a nossa Páscoa.
O termo “páscoa” deriva da palavra hebraica “pesah”, que significa passar por cima – no sentido de relevar, pular além da marca ou passar sobre.

1Coríntios 5:7: “Expurgai o fermento velho, para que sejais nova massa, assim como sois sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, já foi sacrificado”.

Quando Deus ordenou ao anjo destruidor que eliminasse todo o primogênito da terra do Egito, a casa que tivesse o sinal do sangue do cordeiro não seria visitada pela morte (Êxodo 12:1-36). Então, os Judeus passaram a celebrar a páscoa, em comemoração à saída do Egito, a passagem para a liberdade. Todos os primogênitos egípcios morreram. Os hebreus foram preservados pela obediência e pela observância da ordem: Aspergir o sangue.

É necessário restaurarmos o verdadeiro significado da Páscoa e da Ceia do Senhor. Historicamente, vemos que os reis Ezequias (2Crônicas 30) e Josias (2Reis 23:21-23), restauraram em seus reinados a celebração da Páscoa, Deus se agradou e abençoou o povo. É preciso resgatar os verdadeiros significados da Páscoa e da Santa Ceia do Senhor.

A partir de Jesus Cristo, essa celebração foi substituída pela Ceia do Senhor, com o pão e o vinho, em Sua memória. Não mais para relembrarmos a saída do Egito (estado), mas para sempre nos lembrarmos da saída do egito do pecado, e da liberdade que há na sua morte e ressurreição.

Além da forma pagã de comemoração da páscoa e da Santa Ceia (com coelhos de pelúcia, ovos de chocolate), há a forma católico-romana que admite que na consagração da missa, o pão e o vinho da Ceia do Senhor se transformam realmente no corpo físico de Cristo. A isto se chama transubstanciação. Tal teoria é teologicamente infundada, e só pode persistir o­nde a tradição e os dogmas são superiores à palavra. Assim como Jesus Cristo disse ser a porta, e nem por isso ele se transformou em uma porta de peroba ou ferro (videira, o pão, o caminho), também o pão e o vinho não se transformaram em carne e sangue. Como os judeus, com as suas rigorosas leis dietéticas comeriam carne e beberiam sangue humano? Ser cristão seria transformar-se em antropófagos? Muitos sãos os exemplos que poderíamos citar para combater essa teoria católica.

A Ceia do Senhor, é um cerimonial instituído por Jesus Cristo (Paulo diz: “Porque eu recebi do Senhor o que também vos entregue...”), e sua preocupação com a preparação, demonstra a importância dessa celebração solene. Marcos 15:13-16: “Enviou, pois, dois dos seus discípulos, e disse-lhes: Ide à cidade, e vos sairá ao encontro um homem levando um cântaro de água; seguí-o; e, o­nde ele entrar, dizei ao dono da casa: O Mestre manda perguntar: o­nde está o meu aposento em que hei de comer a páscoa com os meus discípulos? E ele vos mostrará um grande cenáculo mobiliado e pronto; aí fazei-nos os preparativos. Partindo, pois, os discípulos, foram à cidade, o­nde acharam tudo como ele lhes dissera, e prepararam a páscoa”.

Se não fosse importante ele não a instituiria. Precisamos resgatar esses valores. o­nde já se viu falar em “portas abertas para a prosperidade” (e outras tantas bobagens) numa 6ª feira da paixão? o­nde está o Cristo crucificado? Não se trata de santificar ou idolatrar a data no calendário, trata-se de recordarmos de o­nde éramos e o que Deus nos fez para nos tirar de lá. Devemos santificar essa data em nosso coração. Essa lembrança, contudo, não pode se restringir aos dias de Santa Ceia (ou na semana santa), ou uma vez por ano. Não. Esse sentimento deve estar diariamente em nosso coração.

Jesus poderia simplesmente dizer: Vamos comer de qualquer jeito. Vamos comer em qualquer lugar. Ali embaixo da árvore mesmo, ou, na casa de alguém de vocês. Não. Jesus Cristo desejou algo especial, um aposento especial, para uma ocasião especial. A pessoa que cedeu o lugar foi alguém escolhida especialmente para esse serviço.

É como se Jesus perguntasse: “Onde está o aposento? o­nde está o lugar no teu coração para que Eu tenha comunhão com você? o­nde?”. Deus através de Jesus Cristo quer ter intimidade conosco. Ali naquela sala, somente estavam os homens escolhidos por Jesus. Existe um lugar em seu coração para ele?

O processo de cristianização por que passa nosso país está deteriorando nosso evangelicalismo. Não podemos dizer que vivemos um processo de cristianização, que é diferente de evangelização e muito inferior ainda ao de discipulado. Vivemos um processo de banalização do Evangelho, o­nde a importância e a significação da Páscoa e a Santa Ceia do Senhor é diminuída. A encenação na cidade de Jerusalém (Norte/Nordeste) permeada por atores globais mostra atores desnudos. Até o ritual e o legalismo estão se deteriorando. Portanto, hoje, mais do que nunca, precisamos nos lembrar, de verdade, sobre o verdadeiro significado da Páscoa e da Ceia do Senhor.

Vamos nos abster, porém, do modelo católico-romano, todo ele centrado nos rituais, legalismos, formas exteriores. Ir à missa salva. Casar na Igreja salva. Confessar os pecados ao padre salva. Batizar o filho salva. Fazer a Primeira Comunhão Salva. São os famosos sacramentos. Não! É difícil trilhar a linha do equilíbrio. Mas nem por isso devemos abandonar esse ideal.
PRECISAMOS RESGATAR A FORMA BÍBLICA DE CELEBRAR A PÁSCOA E A SANTA CEIA DO SENHOR.

Nesse contexto, de tão rápidas mudanças, de banalização do cristianismo, cremos que as celebrações cristãs que mais representam o verdadeiro significado do cristianismo são a Páscoa e a Santa Ceia do Senhor. Nelas encontramos elementos que resumem o que verdadeiramente significa ser cristão no mundo de hoje. Sem a páscoa cristã, não teríamos nenhuma boa notícia para contar a ninguém.

A forma bíblica, portanto correta, de celebrar a PÁSCOA CRISTÃ, e a SANTA CEIA DO SENHOR, é a sintetizada por Paulo em:

1Coríntios 11:23-30: “Porque recebi do Senhor o que também vos entreguei: porque o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou pão; e, havendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo pacto no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice estareis anunciando a morte do Senhor, até que ele venha. De modo que qualquer que comer do pão, ou beber do cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice. Porque quem come e bebe, come e bebe para sua própria condenação, se não discernir o corpo do Senhor. Por causa disto há entre vós muitos fracos e enfermos, e muitos que dormem”.

Assim, temos que a Santa Ceia do Senhor é a Verdadeira Celebração da Páscoa. Toda a vez que comemos do pão e bebemos do cálice, celebramos a Pás.
extraido do site http://ceuaberto.parabolica.com/
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