7 de Agosto

OBRIGADA A TODOS QUE FIZERAM

PARTE DESTE DIA TÃO ESPERADO E

ESPECIAL PARA NÓS, E ISTO SO FOI

POSSIVÈL PORQUE FOI A VONTADE DE

DEUS !
Como conhecer a vontade de Deus?
G. Campbell Morgan
Toda urgência da vida se concentra no momento presente.
Tudo o que possuímos é o dia de hoje. O ontem passou de nós.
O amanhã não é nosso. O tempo de Deus para o seu povo é indicado por
estas duas palavras: "agora" e "hoje".

O nosso estudo sobre a vontade de Deus é de importância prática e
imediata no que diz respeito aos interesses do presente. Se nos
lembrarmos de "todo o caminho por onde o Senhor nos guiou", será
apenas com a finalidade de extrair uma lição das nossas falhas e ser
consolado pela infalível fidelidade de Deus, e assim poderemos "esquecer
as coisas que para trás ficam" em nossa dedicação à responsabilidade
atual.

Se contemplarmos a glória vindoura, faremos isso somente para que a
sua luz possa ser uma fonte de inspiração para nós, enquanto "corremos
com paciência a carreira que temos adiante". A vontade de Deus é o
assunto supremo em cada vida. Tanto o Antigo como o Novo Testamento
dão testemunho disto.

Dentro desta vontade, o homem encontra perfeição, prazer,
permanência. Ela é viável por causa da sua natureza, sua revelação, e o
fato de ser acompanhada com o dom da vida, que torna possível
obedecer. É realmente gloriosa, pois o próprio céu jaz dentro do círculo
da sua consideração.

No entanto, existe um assunto de importância prática imediata: Como
podemos conhecer a vontade de Deus para hoje, em todos os detalhes das
horas enquanto elas vão e vêm; e como podemos descobri-la em períodos
de crise que possam surgir?

Duas condições preliminares devem ser observadas: desejo e devoção. O
desejo deve representar a disposição de obedecer. A devoção deve ser
daquela natureza prática que busca o conhecimento e se empenha em
pô-lo em prática a qualquer preço.


Cumpridas estas condições, a luz pode vir de três maneiras:
* Da Palavra de Deus.
* Da iluminação imediata pelo Espírito interior.
* Da combinação das circunstâncias.
Examinemos as três em forma separada, e depois em suas inter-relações.

I. As três indicações1) A Palavra de Deus

Em sua maior parte, a Bíblia não apresenta regras de conduta humana;
ela enuncia princípios. Existem algumas provenientes de certas
circunstâncias locais que exigiam declarações claras e explícitas de
responsabilidade.

Mas considerando que a Bíblia é um livro para todas as épocas, e que os
hábitos e costumes mudam, o estabelecimento de normas, que devem
necessariamente mudar com a alteração das condições locais, teria
frustrado ou elevado o fim em questão.

Por outro lado, a enunciação de princípios que jamais se alteram com a
mudança das circunstâncias, exige da parte do homem, em cada geração
sucessiva, a aplicação dos seus poderes racionais e atender ao propósito
da justiça.

Ao procurar na Palavra o conhecimento da vontade de Deus, não
devemos procurar textos que defendam interpretações particulares. Não
devemos, por outro lado, fazer "manobras" com a Bíblia, a fim de
descobrir mensagens acidentais que nos ajudem a formar julgamentos. É
preciso estudá-la com regularidade, devoção e inteligência, para poder
descobrir a revelação dos princípios. Sempre que isto é aplicado como
um estilo de vida, a mente atuará sob o poder destes princípios e as
conclusões alcançadas estarão em harmonia com o propósito de Deus.


A doutrina da luz interior não é ensinada suficientemente. Ao crente
individual, que é habitado pelo Espírito Santo de Deus, a sua relação
com Cristo é feita por ele mesmo, é-lhe concedida a influência direta do
Espírito de Deus em seu espírito, comunicando o conhecimento de Sua
vontade em assuntos de menor e maior importância. Isto deve ser
procurado e esperado. É neste ponto que pode ser bom para o que busca
pedir conselho a outro cristão, o qual em oração e conversação pode ser
capacitado para trazer luz sobre o problema.

Deve recordar-se até, que os outros só podem dar testemunho quanto ao
problema apresentado á partir deste ponto de vista. Tal testemunho é de
grande valor. No entanto, não pode ser definitivo e só deve ser dado como
sugestão para ajudar a resolver o problema. Nenhum homem ou mulher
ensinado pelo Espírito assumirá a responsabilidade de decidir por outro.
Finalmente, cada um, depois de ter pedido conselho a outros cristãos,
deve retirar-se para um lugar de completa solidão, onde somente possa
ser ouvida a voz do Espírito. Em um período de espera desse tipo, deverá
ser dada uma resposta clara e definitiva.


Na realidade do governo divino, isto pode ser expresso como o abrir e
fechar as portas. Não há dúvida de que Deus, em sua infinita sabedoria e
poder dirige atos e detalhes de todas as vidas humanas, de tal forma que
"todas as coisas cooperam para o bem dos que amam a Deus". A porta
aberta não significa de maneira nenhuma o caminho fácil. Isto é um
engano comum. Ouvimos as pessoas dizer que o caminho foi aplainado, e
por "aplainado" querem dizer "fácil". No entanto, aqueles que conhecem
mais sobre o governo imediato de Deus, confessarão que o caminho mais
plano, em geral, foi o mais difícil.

A porta aberta é uma oportunidade criada, a qual está em harmonia com
os princípios do governo divino como são declarados nas Escrituras. É
também o desejo que foi criado nessa comunhão com Deus, na qual
nenhum outro interesse teve permissão para entrar.

Esta é uma consideração muito solene e exige a mais severa precaução.
Não existe esfera da vida humana na qual o inimigo penetre com maior
êxito, e na qual faça maior destruição, que na esfera da motivação.
Desejos fundamentados em outros motivos além da vontade superior,
revelam quase sempre portas abertas bem diferentes daquelas que Deus
abriria.


II. A tripla indicação
O valor das três indicações examinadas está no fato de que em nenhuma
delas, por si mesmo, expressa uma garantia para a ação, mas só em sua
combinação.

1) Com relação à Palavra de Deus, muitos princípios de ação conhecidos
nela, não são para todos os homens em todas as épocas. Deve haver
também luz interior e uma porta aberta.


2) Com respeito à direção do Espírito Santo, não se pode enfatizar muito
que tal orientação jamais contradiz a verdade da Escritura. Existe hoje
tanta conversa vã sobre a orientação do Senhor, que neste ponto alguém
desejaria falar mais alto e solenemente.

Alguns exemplos horríveis de grosseira imoralidade são resultados de
seguir o que as pessoas imaginavam ser a direção do Espírito Santo,
ainda que a ação estivesse em diretas desobediências às mais enfáticas
declarações e exigências da lei de Deus. Isto é blasfêmia da pior espécie.
Sempre que se imagina que o Espírito o está conduzindo, é de máxima
importância que tal direção seja comprovada pelos princípios da Palavra.

Além disso, o Espírito jamais conduz sem abrir uma porta mais cedo ou
mais tarde. Pode ter havido uma espera de demorada disciplina -e
habitar na vontade de Deus significa regozijar-se em toda disciplina- e
uma espera paciente para que ele abrisse uma porta, ainda que a luz
estivesse brilhando claramente quanto ao propósito final do Espírito.


3) Uma porta aberta que obriga a apartar-se da doutrina bíblica é obra
do diabo. Por mais evidente que seja o êxito resultante dos esforços feitos
nos interesses do reino de Deus, se a base de operação não fosse a
lealdade à vontade revelada de Deus na Santa Escritura, o edifício erigido
não passa de "madeira, feno e palha", para ser destruído no fogo
purificador do último dia.

E, ainda mais, a porta aberta, em harmonia com os princípios da
Escritura, não deve ser franqueada, a menos que seja ouvida uma
chamada pessoal e se possa dizer: "Faço isto porque tenho o testemunho
do Espírito de Deus com o meu espírito de que ele assim o quer".

Em resumo, sempre teremos a prova tripla, que é valioso quanto aos
detalhes de cada dia, e nas crises da vida: a verdade de Deus, contida na
Palavra de Deus; o propósito de Deus indicado pelo Espírito de Deus; o
governo de Deus evidenciado na abertura de portas por parte de Deus.

Uma condição perpétua permanece: a obediência. Esta palavra, como
veremos, não é usada aqui precipitadamente. Ela pressupõe um desejo
de conhecer e fazer, expressando-se na devoção de buscar e obedecer.
Tal obediência será sempre na perfeita confiança do espírito do homem
na graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus, e a comunhão do
Espírito Santo. Onde existe esta confiança, a obediência vai ser
indiscutível, imediata e completa.

A tendência da época é a complacência. Alguns podem ler esta
mensagem final e, voltando-se, diz: Isto não é fácil! Quando foi que
Cristo sugeriu facilidade aos homens no método arranjado por eles
mesmos? Não advertiu ele solenemente a aqueles que queriam segui-lo a
calcular o preço, indicando que o caminho de suas pegadas exigia a
negação do eu e o tomar a cruz? Se a perfeição do caráter, o prazer da
vida, e a permanência do ser, que professamos desejar, devam ser
alcançados, isso só será possível mediante grande esforço e atividade:
tempo, pensamento, energia - todos são necessários.

Seja o fim como o princípio. Só uma coisa importa: que a vontade de
Deus seja feita. Para tal fim, cada um lance fora o prejuízo e "cingindo os
lombos do seu entendimento, sede sóbrios, e esperem por completo na
graça que lhes trará quando Jesus Cristo for manifestado". O resultado
final será a recompensa perfeita de todo o esforço do caminho que
conduz para lá.


Tirado do God's Perfect Will.
...:)...